sábado, 29 de agosto de 2015

Olhos de Ônix

Teus olhos me mostram a escuridão
E o brilho deles a emoção
Das mágoas e alegrias
Que tu trouxeste no coração

Foi nos teus olhos que eu vi a paixão
Foi através deles, que eu descobri,
Rapidamente, a saída da confusão
Foi nos teus olhos que eu vi,
Que você era tudo o que eu pedi

E é nos teus olhos que eu penso
Em como tudo pode ser bonito
Que nem no nosso beijo mais intenso
E o nosso amor, infinito....



A minha hora...

Frio...
Está cada vez mais frio...
Escuro, congelante
Ouço ruídos, e há um cheiro repugnante
Ao longe, vejo apenas a lua
Lembra-me a tua pele nua
O frio voltou
Dessa vez, ele me arrepiou
Algo vem se arrastando,
Eu sinto, ele está chegando
Meu Deus, ele está perto
Agora meu rosto foi coberto
De pavor...
Horror...
Sinto o aço frio, na minha garganta
Sei o que vem agora...
O barulho da faca me cortando
Me espanta...
Por um momento apenas,
Acabou, ele está me matando.



domingo, 23 de agosto de 2015

Memórias Póstumas em Uma Lua Fria

Deitados sob as estrelas,
Admiramos a lua crescente.
Vimos o mundo girar,
Vimos os flashs dos relâmpagos nos fotografar.
Me abraçou como se fossemos dois amantes impossíveis de "O Morro dos Ventos Uivantes".
Mas um dia,
Um vento forte irá nos soprar,
Nossos corpos irão se separar,
Seremos apenas uma vaga lembrança.
Irei observar as estrelas sozinha,
Na doce chuva de novembro,
Mas sempre poderemos olhar a mesma lua.
A mesma lua fria de agosto.
- Lady of Shadows



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Em Meu Último Pranto

Os ponteiros do relógio dobram-se, em meu peito,
Sinto pulsar toda a agonia de mais um dia neste mundo de escuridão.
Através de minhas narinas,
Percorre o cheiro de minha própria morte
Impressa no firmamento cinzento de um domingo
Eu mato a mim mesmo, leve minha vida
Em meu último pranto, eu percebi,
Eu sempre fui o nada que eu temia me tornar.



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Anjo Negro

Ele me encontrara vagando
Em um oceano escuro e repleto de amargura.
Ele me ouviu...
Não se importou, não me julgou.
Nem ao menos se incomodou com o que sou.
Vazia!
Eis o que sou: vazia.
Como um demônio com asas negras, me encantou.
Me jogas-te uma maldição
A pior de todas: o medo.
O medo de perder-te,
De nunca mais ver-te,
De nunca mais ouvir tua voz.
Maldito seja o Diabo!
Fazendo-me agir como tola,
Como uma criança mimada.
Ao menos espero que nunca tenhas me enganado,
Não com falsas promessas.
Dei-lhe minha alma, sem ao menos perceber.
Faça o que quiser com ela!
Me dê o tormento eterno,
Fure-me os olhos com mil agulhas,
Vista-me com a mais profunda tristeza.
Assim, saberei que foi real
E na dor poderei lembrar-me de ti,
Quando me deixar,
Quando se for para sempre,
Quando me esquecer.
Oh, meu anjo negro...
Mate-me!
Pois assim poderei ao menos
Ver teus olhos por uma última vez.
- Lady of Shadows