segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

You Were But A Ghost In My Arms

Como a neve que cai, você chora uma tempestade silenciosa.
Suas lágrimas pintam rios nesse muro de carvalho.
Néctar âmbar, icor da miséria.
Em cascata nos riachos de forma sagrada.
Para cada mancha, uma sombra abandonada.

Você é o espírito lúgubre,
Gravado no carvalho da maravilha.
Você é a voz soturna e a silenciosa tempestade.

Toda noite eu me deito,
Despertado por sua trêmula voz silenciosa.
Das formas nas paredes do corredor
Ela penetra a solidão como um grito distante.
No breu da floresta da minha ilusão.

A cada dia que passa, uma sepultura mais profunda.

"Por que você me deixou para a morte? "
"Por que você me abandonou? "
"Por que você foi embora e me deixou amargando na saudade? "

Sua assombração, desespero contorcido foi gravado nos grãos da madeira.
Embora o fogo queime dentro de mim, nenhum fogo arde mais ferozmente do que seu desejo.
A forma sussurra meu nome.

Eu amaldiçôo este carvalho!
Eu amaldiçôo sua tristeza!
Eu amaldiçôo estes corredores de carvalho
Que levam os fantasmas daqueles que eu joguei fora!

Embora tentado estou a acariciar sua textura divina,
E saboreando de sua doce dor, doce como o ardente vinho,
Devo queimar estas salas, estes corredores.
E silenciar sua, atormentante voz,
Para sempre.

Como a neve que cai, você chorou uma tempestade silenciosa.

Nenhuma lágrima manchará este pó nas minhas mãos.
Mas a partir destas cinzas, sua voz ainda
Sussurra o meu nome.

Você foi o espírito lúgubre,
Que assombrou o carvalho da maravilha.
Você foi o fantasma, que advertiu esta congelada tempestade silênciosa

Você foi como um fantasma em meus braços.

- Agalloch


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